quinta-feira, 15 de julho de 2010

Conar tira comercial da Bom Bril do ar



14/07/2010

A campanha “Bom Bril dá de 1001 a zero nos inimigos da natureza" – que custou R$ 30 milhões – foi suspensa pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

Na campanha em questão, o garoto propaganda da Bom Bril, Carlos Moreno, faz uma comparação entre a lã de aço da linha "eco" com as esponjas sintéticas verde e amarelo. Dizendo que o produto é mais "ecológico", ele argumenta que a lã de aço enferruja e desaparece na natureza, enquanto a esponja sintética leva anos para se decompor.
O diretor de marketing da Bom Bril, Marcos Scaldelai disse que embora a empresa tenha acatado à decisão do Conar, pretende recorrer. Para ele, a campanha não denigre a imagem das esponjas sintéticas. "Nós também fabricamos esponja sintética. Mas achamos que o consumidor tem que ter informação para poder escolher."

O Conar decidiu suspender a campanha depois de acolher os argumentos das concorrentes 3M e Bettanin – produtores de esponja sintética – que alegaram ter suas imagens afetadas pela campanha.

A decisão do Conselho não questiona o quão ecológico é o produto. A medida está relacionada apenas com a questão da imagem, que no caso dos fabricantes de esponja sintética, foi prejudicada.

Não tão ecológico assim
Mas o produto não é novo. Informações publicadas pelo site CicloVivo, especializado em sustentabilidade e iniciativas em prol de um mundo mais ecológico, o Bom Bril eco é a mesma lã de aço já comercializada pela empresa, apenas com uma nova roupagem.
Segundo o site, a assessoria da Bom Bril chegou a admitir que a linha só ganhou a nomenclatura "eco" por ser distribuída apenas entre fornecedores com preocupações sustentáveis, sem, no entanto, especificar quais seriam essas atitudes e o quanto impactariam no meio ambiente.
Mas, para Scaldelai, a vantagem ecológica do produto é "indiscutível". "O assunto é verdadeiro. Qualquer estudo sobre esponja sintética mostra que ela leva mais de 100 anos para desaparecer", disse. "Sem falar que a esponja acumula bactérias."
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte:Redação Adnews

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