quarta-feira, 15 de junho de 2011

Globo tenta boicotar teles na TV paga


Globo seria contra o projeto
A aprovação do Projeto de Lei da Câmara 116 (antigo PL 29) estaria sofrendo boicote por parte da Globo, dona da maior programadora de TV por assinatura do país. De acordo com reportagem de Julio Wiziack para a Folha de S.Paulo, a empresa foi acusada pelas teles de tentar barrar a aprovação do projeto, que abre o mercado com a retirada das restrições ao capital estrangeiro.

Caso o PLC 116 siga adiante, a Globosat poderia ganhar novos concorrentes, já que as operadoras de telefonia teriam possibilidade de se associar a emissoras para formar uma nova programadora. Ao jornal, o vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, Evandro Guimarães, negou o movimento e disse que a empresa apoia "a aprovação do projeto tal como se encontra no Senado".

A empresa enviou uma carta ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), em que afirma concordar com o texto, desde que "haja compromisso da liderança de que não haverá vetos do Executivo, que de qualquer forma possam mutilá-lo, provocando desequilíbrio nas relações entre produtores e distribuidores de conteúdo".

Record no páreo

A Folha afirma que a emissora de Edir Macedo tendou fechar parceria com a Oi, com a possibilidade de se construir uma sede conjunta entre as duas empresas. A ideia era unir esforços para criar uma programadora e atuar no setor.

Mas um dos sócios da tele se colocou contra o negócio. Uma fonte do jornal disse que, não fosse o entrave, a operadora provavelmente já estaria associada a alguma emissora.

Enquanto a Oi se interessa apenas pela distribuição de conteúdo, a Telefónica pensa em produzir seu próprio para colocar em prática um modelo de programadora. Caso o projeto ganhe sequência, porém, ele será aplicado a longo prazo.

Abertura de mercado

No começo do mês, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) se antecipou ao PLC 116 e aprovou, por conta própria, regras que permitem às teles oferecer serviços de TV paga (veja aqui).

Um dos questionamentos referentes à atitude da agência é a facilidade com que as teles poderão adquirir uma outorga, a partir de agora. Bastará solicitar uma autorização e pagar a taxa de R$ 9 mil. Antigamente, era necessário esperar até que houvesse uma licitação (a última aconteceu nos anos 2000) e os valores praticados eram milionários.

Essa situação levou algumas emissoras a dizer que acionariam a Justiça, pois consideram que seus ativos (as licenças) foram desvalorizados. Quanto a isso, a Anatel garantiu que o baixo valor será compensado por investimento que as teles serão obrigadas a fazer na infraestrutura das redes.

fonte:Redação Adnews

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